Amianto/Asbestos.

Amianto/Asbestos.

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O asbestos, mais conhecido como amianto, é uma fibra mineral natural sedosa com alta resistência mecânica, térmica, química e facilmente tecida. Essa substância é extraída principalmente de rochas compostas de silicatos hidratados de magnésio, sendo que apenas 5 a 10% se encontram em sua forma fibrosa de interesse comercial.  

No último século, este material foi amplamente utilizado na composição de uma gama considerável de produtos, como pisos, isolamento de equipamentos, caixas d’água, telhas e materiais a prova de fogo, dentre outros. Em meados dos anos de 1930 foi confirmada que a exposição às suas fibras traz complicações para a saúde, apesar de a primeira morte em decorrência por inalação das fibras do asbesto ter sido confirmada por um médico inglês em 1906.

Com esse entendimento, a Agência de Controle Ambiental dos Estados Unidos EPA classificou o amianto como um poluente perigoso na década de 70, entretanto, foi apenas em 2005 que o uso do amianto se tornou proibido na União Europeia.

Já no Brasil, em 1987 a resolução CONAMA nº 7 tratou sobre a regulamentação do uso do Amianto/Asbesto no Brasil, tornando-se necessário que fabricantes identificassem a existência da substância em seus produtos. Desde então, diversas leis foram criadas limitando o uso da substância no país, até que em 2017 por decisão do Supremo Tribunal Federal foi proibida a produção de quaisquer tipos de produtos contendo asbestos no Brasil. 

Dentre os riscos à saúde associados a inalação de suas fibras que podem se alojar nos pulmões, estão doenças como asbestose, câncer de pulmão e do trato gastrointestinal, e mesotelioma. 

Sendo assim, considerando o potencial de contaminação desta substância, independente de legislação que exija a remoção do material de estruturas já existentes, caso seja identificado risco ao meio ambiente e/ou pessoas, o órgão ambiental e outros órgãos de proteção podem exigir a sua remoção. 

Um exemplo de impacto causado pelo manuseio do amianto é o caso recentemente divulgado da cidade de Wittenoom, na Austrália. A cidade que foi um símbolo de prosperidade econômica, representa hoje uma das maiores tragédias do país, onde 2.000 pessoas, aproximadamente 10% da população dos 20 mil que lá viveram, morreram por doenças relacionadas a contaminação por amianto. 

Isso ocorreu em razão da falta de cuidado com os resíduos de mineração que foram levados para serem empilhados perto da mina, aproximadamente 3 milhões de toneladas, próximo à cidade. Desta forma pela ela ação dos ventos, a cidade foi atingida pelas fibras e mesmo 60 anos depois do fim da mineração, o governo local anunciou que os riscos à saúde permanecem em níveis elevados.

Por esse motivo, o governo australiano decidiu realocar os moradores restantes e fechar a cidade após mais de uma década de tentativas, chegando até a retirar a cidade dos mapas oficiais e desligando a eletricidade e água do local.

Diante não apenas desta realidade, mas também dos esforços já existentes no Brasil sobre o tema, a Fundacentro desenvolveu um guia de boas práticas, para auxiliar os trabalhadores diretamente envolvidos no processo de remoção de amianto e a população como um todo, visando evitar casos como o ocorrido em Wittenom. Notícia_1600px_asbestos

O guia discute os procedimentos para a remoção de amianto, com foco em instalações prediais (excluindo as instalações industriais) e os efeitos da exposição ao amianto para a saúde. Além disso, trata de aspectos sobre proteções coletivas e individuais, sinalização e as formas corretas de realizar o descarte dos resíduos.


A EBP Brasil tem uma equipe especializada na identificação e gestão de materiais contendo asbestos.

Confira o guia na íntegra através do link:
https://bit.ly/3yUJ2KO
 

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