Geoklock acompanha evento mundial sobre contaminantes emergentes (PFAS)

Profissionais da Geoklock estiveram presentes no Environmental Risk Assessment of PFAS, evento organizado pela SETAC (Society of Environmental Toxicology and Chemistry), que aconteceu em Durham, na Carolina do Norte (EUA) de 12 a 15 de agosto, no qual especialistas discutiram a avaliação de riscos à saúde humana e ao meio ambiente devido à exposição ambiental a um contaminante emergente - os PFAS (per- e polifluoralquil).

Imagem exibindo faixa de areia e rio


Os PFAS são um grande grupo de mais de 3.000 substâncias químicas que são amplamente utilizados na indústria. São caracterizados por serem persistentes no ambiente e foram identificados e medidos principalmente na água subterrânea utilizada para abastecimento público em vários locais do mundo.

Andréia Yoshinari, especialista Sênior na Geoklock, disse que o evento contou com mais de 200 pessoas de vários países, como Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália, Alemanha, Noruega e Holanda.  “A reunião teve como foco o tema sobre avaliação de risco e a abordagem foi bem científica. E o interessante foi que cada país está tratando o tema de uma forma. Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma divergência entre a EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos) e órgãos estaduais “, relatou.

Equipe Geoklock ao lado de um quadro contendo informações sobre o evento


Filipe Gimenes, engenheiro ambiental da Geoklock, explica que os PFAS são compostos com ligação C-F encontrados em revestimentos impermeabilizantes à água, óleos e gorduras, utilizados em embalagens de papel para contato com alimentos e ainda em espumas de combate a incêndios, surfactantes (detergentes), tratamento de superfícies e inseticidas. “O assunto está iniciando no Brasil, mas é preciso começar a se preparar. E os laboratórios também devem se estruturar para este tipo de análises”, avalia.

Para Gimenes, a participação nessa reunião promovida pela SETAC foi importante para se capacitar tecnicamente. “Nos Estados Unidos o tema já é uma realidade, de forma que a Geoklock estará preparada para auxiliar no desenvolvimento deste assunto no Brasil”, afirmou.

Equipe Geoklock durante o evento


Andréia tem a mesma opinião de Gimenes. “Foi fundamental compreender que a EPA vem demandando das indústrias investigações ambientais focadas nos PFAS, solicitando análises mais sofisticadas quando observa que há a possibilidade da presença de contaminantes emergentes”, concluiu.

A questão dos PFAS ainda não tem regulação no Brasil, e Andréia avalia que um dos principais desafios será conseguir desenvolver esse tema no país, principalmente no âmbito da saúde pública. Do ponto de vista técnico, Andréia considera como outro desafio a busca de padrões de qualidade desses contaminantes pelos órgãos reguladores.

Para Gimenes, a reunião sobre PFAS foi importante para conhecer técnicas e entender o viés político e cultural sobre o tema em vários países. Andréia considerou que o evento foi relevante por conta da participação e discussões entre as instituições públicas de diversos países (EPA, SERDP - Strategic Environmental Research and Development Program), Australian Environmental Protection Authority - EPA, NIVA - Noruegan Institute for Water Research, Environment and Climate Change - Canada, Umwelt Bundesamt e universidades). “Havia pontos de vista diferentes entre eles, mas houve proposta de convergência e uma discussão para chegar em algo palpável”, avaliou.

Com a presença de seus profissionais neste evento, a Geoklock caminha para a ampliação de seu conhecimento e começa a se preparar para uma atuação sobre PFAS no Brasil, a fim de atender as demandas futuras do mercado.